Clipping

Outro olhar sobre a educação nas empresas

Todo o processo de aprendizado culmina na aquisição de novas capacidades, para a ação e implantação de mudanças duradouras.



Sabemos que aprendemos algo quando isso passa a fazer parte da maneira como fazemos as coisas. Enquanto o novo não ficar embutido nas rotinas, nas práticas e normas institucionais, não se tornará realidade!
Um bom exemplo deste raciocínio de aprendizado, e especialmente de suas conseqüências do ponto de vista de formação das empresas com capacidade constante de aprender, é o BSS – Bureau de Serviços de Seguros.
A empresa conta com 300 profissionais, e em apenas 1 ano dobrou seu faturamento, mas o mais interessante não é o seu sucesso, mas a forma como está estruturada.

Nesse contexto, percebia-se um apego da equipe as ordens e ao controle, como um subproduto lógico do fato de verem a organização como máquinas, em vez de comunidades de pessoas.
Na medida que abandonamos nosso velho ponto de vista e desafiamos o modelo da realidade, deixamos de pensar no jargão de call center.

Ficou óbvio naquele momento que não estávamos simplesmente no negócio de “Contact Center”; estávamos na verdade no negócio do intercâmbio de valor.

O desafio, era quebrar o paradigma de uma organização que se imagina um call center, por ter políticas, práticas, remuneração, etc, e com um “Turn over” médio de 5,5%  ano.
Os especialistas falam de fatores de “atração “ e “ expulsão “  para explicar a grande migração de jovens em direção as operadoras de call center. De um lado, estão as restrições de oportunidades de trabalho, a carga horária e a mobilidade para realizar outra atividade remunerada. De outro, a baixa remuneração, falta possibilidade de desenvolvimento profissional, e  sem perspectivas de futuro.

O que tivemos não foi uma visão romântica de como melhorar um call center, e sim uma oportunidade de unir processos eficientes com pessoas preocupadas em se desenvolver, vencer e sair o mais rápido possível de uma zona de desconforto profissional.

Esta transformação vencedora, só foi possível porque entendemos que cada pessoa verdadeiramente comprometida com a organização deverá, antes de tudo, conhecer suas habilidades, competências e limitações.
Através de muito investimento em treinamento, desenvolvemos a criatividade, inovação, o espírito empreendedor, de forma a conduzir nossas pessoas a saber conciliar seu trabalho com outras dimensões da vida, tornando-se o agente da própria mudança.




Jorge Abel Peres Brazil